Karina Cardoso
Da Agência Brasil
Brasília – Para evitar o surgimento de epidemia de dengue no país, o Ministério da Saúde intensifica ações de combate ao mosquito transmissor da doença. O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, disse que o risco de surtos são constantes, mas que ações preventivas podem amenizar o problema.
Em outubro será realizado o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). O método permitirá que áreas de maior risco de proliferação do mosquito sejam identificadas. "Faremos o levantamento em todos os maiores municípios brasileiros para saber exatamente onde há maior chance de transmissão. Isso servirá para que os prefeitos façam limpezas urbanas e mobilizem escolas, agentes comunitários e população", afirmou.
Para este ano estão previstos o II Curso Internacional de Gestão Integrada de Prevenção e Controle da Dengue, voltado à melhor preparação dos coordenadores estaduais e municipais, e reunião do Comitê Nacional de Mobilização contra a Dengue, com entidades da sociedade civil.
Balanço realizado pelo ministério da Saúde mostra que 2004 foi o período de menor número de casos de dengue dos últimos dez anos, com redução de 67,3% em relação aos eventos ocorridos em 2003. Mais de 27 mil profissionais de saúde foram capacitados para trabalhar no combate ao mosquito entre 2003 e 2004.
O número de infectados pelo mosquito da dengue até junho deste ano aumentou 42,6%. Ao todo, foram 116 casos de dengue hemorrágica e 13 mortes. Bahia, Rondônia, Goiás, Ceará, Acre e Piauí são os estados que concentram 60% desse aumento.
Segundo o secretário, os principais fatores para esse aumento é a descontinuidade das ações de prevenção em decorrência da mudança de gestores dos municípios e a dispersão do DEN 3, o tipo de dengue característico da epidemia de 2002, em que foram registrados quase 800 mil casos e 150 mortes em todo o país.