Lula diz que comunidade internacional compreendeu urgência do combate à fome e à miséria

18/08/2005 - 18h16

Brasília, 18/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou hoje que, se a comunidade internacional se unir, será possível "superar crises políticas, evitar guerras civis e poupar muitos da miséria, da fome e da doença". A afirmação foi feita durante almoço, no Itamaraty, oferecido hoje ao presidente de São Tomé e Príncipe, Fradique de Menezes, e à delegação daquele país.

Em discurso, Lula voltou a falar de sua luta pelo combate à fome e à miséria e disse acreditar que a comunidade internacional compreendeu a urgência dessa tarefa. "As propostas concretas que serão apresentadas na reunião de setembro próximo, em Nova Iorque, reforçam a convicção de que está a nosso alcance erradicar definitivamente essa mazela", comentou o presidente.

Sobre a cooperação entre Brasil e São Tomé e Príncipe, Lula afirmou que os empresários brasileiros estão interessados em ampliar os investimentos naquele país. "São Tomé e Príncipe é uma terra de oportunidades. Sua localização estratégica faz do país a plataforma ideal para a entrada de produtos brasileiros na região". São Tomé é uma ilha que está localizada no oeste da África. Na região, ele destacou como promissores os investimentos em infra-estrutura. "O rico potencial petrolífero de São Tomé oferece meios para realizar um futuro de prosperidade", destacou.

No discurso, Lula também elogiou a presença do governo daquele país à frente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) pelo fortalecimento da instituição. O Brasil passou a presidência da CPLP a São Tomé e Príncipe em julho de 2004.

O presidente brasileiro agradeceu ao presidente Fradique de Menezes por defender a democratização do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e pelo apoio à inclusão do Brasil como membro permanente do conselho.

Na manhã desta quinta, Brasil e São Tomé e Príncipe assinaram ajuste complementar ao acordo de implementação de ações de prevenção e combate à aids naquele país. O ajuste prevê o envio de especialistas brasileiros que vão capacitar técnicos de São Tomé na prevenção da doença, fornecimento de anti-retrovirais nacionais e publicações sobre o tema. O acordo tem validade de três anos e pode ser renovado por até dois anos. Os dois países têm acordo de cooperação na área de saúde desde 1984.