Funcionários do Banco Central podem repetir greve na semana que vem

18/08/2005 - 18h46

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os funcionários do Banco Central (BC), que hoje (18) paralisaram suas atividades por 24 horas em todo o país, poderão repetir a greve na semana que vem, caso não sejam atendidos em suas reivindicações, das quais a principal é a retomada das negociações salariais e de fortalecimento da instituição.

O alerta foi feito hoje (18) pelo presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), David Falcão. Ele disse que todos os 4.600 funcionários pararam hoje. Já a assessoria de imprensa do BC afirma que somente 1.482 paralisaram (o que representa 32% dos funcionários). Falcão promete dobrar a paralisação para 48 horas, na quarta e quinta-feira da próxima semana, caso não haja resposta do governo.

David Falcão afirmou que a categoria está tomando cuidados para evitar transtornos para o cidadão, que "não terá nenhum prejuízo" nas suas relações com o sistema bancário. Ele admitiu, contudo, a possibilidade de atrasos em operações de suprimento de dinheiro em algumas agências bancárias.

A estratégia de negociação dos funcionários do BC foi iniciada, na semana passada, com uma paralisação parcial de advertência, por três horas; hoje aumentou para um dia; semana que vem poderá ser dois dias; e, se não houver resposta, "aí sim, a greve será por tempo indeterminado", conforme garante David Falcão.

Ele lembra que a categoria aguarda uma resposta oficial, para retomada do diálogo, desde o início de junho, quando os sindicatos representativos dos funcionários entregaram uma pauta de reivindicações à diretoria do BC. Eles pleiteiam, de imediato, um reajuste emergencial de 15%, e querem negociar a recomposição de perdas desde 1998 que, segundo alegam, ultrapassa 57%.