Ex-funcionário diz à CPI dos Bingos que Caixa não poderia substituir Gtech no sistema de loterias

18/08/2005 - 19h20

Lucas Parente
Da Agência Brasil

Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos ouviu hoje (18), durante a tarde, o ex-vice-presidente de Logística da Caixa Econômica Federal (CEF) Paulo Bretas. Em seu depoimento, Bretas afirmou que a Caixa não tinha condições técnicas para substituir a empresa Gtech no processamento dos jogos lotéricos.

Pela manhã, o ex-vice-presidente de Logística Mário Haag havia afirmado, no entanto, que para a Caixa não era necessária a renovação do contrato com a Gtech. "Em dezembro de 2002, nós (CEF) já tínhamos condições de internalizar o procedimento das loterias", afirmou. Segundo ele, "não era complicado realizar esse processo".

Bretas disse aos parlamentares que acredita na legalidade do contrato da Gtech com a Caixa, e desconhece qualquer tentativa de extorsão dos dirigentes da empresa para a renovação do contrato.

O presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), disse que houve confronto entre os três depoimentos, e uma acareação entre eles será importante para os trabalhos da comissão.

O ex-superintendente de Projetos Especiais da Caixa, Carlos Cartell, também depôs hoje.

A CPI também aprovou hoje a convocação e a quebra de sigilo fiscal, telefônico e bancário da juíza da 17ª Vara Federal Maysa Giudice, e a convocação de João Arcanjo Ribeiro (o Comendador), que se encontra preso em Montevidéu, Uruguai. Ele é acusado de formação de quadrilha, corrupção e tráfico de drogas.