Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio - A greve dos técnicos da Receita Federal, iniciada há mais de um mês, já está provocando alterações na rotina dos contribuintes. O atendimento nas agências e postos da alfândega dos portos e aeroportos está bastante lento e ainda não foi paralisado porque os auditores fiscais não aderiram ao movimento. Segundo o diretor do Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (Sindireceita), Roberto Carlos dos Santos, a greve tem a adesão de 90% da categoria.

"Na bancada do aeroporto internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, o desconforto aos passageiros é visível. Sem os técnicos, os auditores ficam sobrecarregados e o trabalho fica lento. O mesmo acontece no terminal de cargas e também nos portos, onde a fiscalização das mercadorias está demorando o dobro do tempo de costume", explicou Roberto Carlos.

Na próxima segunda-feira (15), os grevistas vão fazer uma manifestação nas escadarias do prédio do Ministério da Fazenda, no centro do Rio de Janeiro, para chamar a atenção da população. Eles são contra a criação da Receita Federal do Brasil, a Super Receita, que começa a funcionar na próxima semana. A alegação é que não houve transparência no processo de fusão com a Receita Previdenciária e que, com o novo órgão, a função de técnico foi substituída por auxiliar. Os técnicos que ocupam cargo de chefia nas agências da Receita prometem pedir exoneração.