Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Mesa Diretora da Câmara determinhou hoje a perda do mandato parlamentar do deputado Paulo Marinho (PL-MA). Para a decisão, os integrantes da Mesa usaram uma atribuição constitucional, após discutirem o assunto durante reunião na residência oficial da presidência da Casa. Na reunião foram analisados os novos documentos apresentados pelo parlamentar e liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal, determinando à Câmara que declarasse a perda do mandato do deputado.
No plenário, o anúncio da decisão foi feito pelo primeiro secretário da Câmara, Inocêncio Oliveira (PMDB-PE). Para o presidente da Casa, Severino Cavalcanti (PP-PE), não houve outra
alternativa a não ser cumprir a decisão judicial.
A vaga deixada por Paulo Marinho será ocupada pelo suplente Alberico Filho (PMDB-MA), que tomará posse logo após a publicação do ato.
Marinho teve seus direitos políticos cassados pela Justiça em 1999, pela primeira Vara de Caxias. Mas uma liminar suspendeu o processo e na última semana, o STF concedeu a liminar
determinando a medida à Câmara. Paulo Marinho é acusado de vender ilegalmente ações da Companhia Energética do Maranhão, quando era prefeito de Caxias. Ele foi condenado pela Justiça a ressarcir o município.
Ontem (10), em discurso no plenário, Marinho se disse vítima de perseguição do presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal, que é natural de Caxias (MA).