Especialistas acreditam que turismo pode contribuir para redução da pobreza

11/08/2005 - 9h19

Brasília - O turismo é uma atividade econômica que, com as oportunidades de trabalho que oferece e o mercado de bens e serviços que regula, pode contribuir para a redução da pobreza no Brasil. A conclusão é dos especialistas que participaram da segunda videoconferência sobre o projeto Aperfeiçoamento dos Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo, visando ao Alívio da Pobreza. A videoconferência, um projeto do Ministério do Turismo em parceria com o Banco Mundial, realizou-se nessa quarta-feira em Brasília.

Em junho passado, o MTur realizou o primeiro debate em videoconferência sobre a Conceituação do Turismo Sustentável para o Alívio da Pobreza. A proposta de redução da pobreza por meio do turismo tem sido tema das discussões de entidades internacionais e nacionais que estudam a atividade turística e seu impacto econômico e social.

"O objetivo é promover a integração com as universidades e com a sociedade civil e receber as contribuições dos profissionais especializados para a formulação do conceito Turismo Sustentável e Alívio à Pobreza", afirmou a secretária de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Maria Luisa Leal. Participaram do debate universidades e organizações não-governamentais dos estados da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Para o representante da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Néri, o combate à pobreza tem de ser incentivado, mas acredito que as pessoas devem escolher o programa social para emancipar-se da pobreza. Ele fez a palestra Turismo Sustentável e o Alívio da Pobreza no Brasil, com participação de Antonio Rocha Magalhães, do Banco Mundial, Maria de Lourdes Mollo, da Universidade de Brasília, e do economista Roberto Macedo.

O especialista defende que o turismo sustentável deve ser trabalhado com dois tipos de capital: o natural e o cultural. Néri também incentiva ações de apoio aos pequenos negócios, por meio de assessoria mercadológica, capacitação profissional, cooperativismo, formalização, infra-estrutura pública, educação formal e crédito.

Com informações do Ministério do Turismo.