Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O coordenador do projeto de integração do Rio São Francisco às bacias hidrográficas do Nordeste setentrional, Pedro Brito, disse que, após a concessão da licença ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as obras poderão ser iniciadas, mesmo sem o término dos processos licitatórios.
"Já estamos programando para iniciar as obras no próximo mês de setembro, depois da licença de implantação do Ibama, com o Batalhão de Engenharia do Exército, porque, neste caso, a gente não precisa de licitação. O Batalhão de Engenharia pode começar imediatamente, logo depois que o Ibama dê a licença de implantação", assegurou Brito, chefe de gabinete do Ministério da Integração Nacional.
Pedro Brito explicou que a função do Exército será "fazer os canais de aproximação e as primeiras barragens". Segundo ele, a expectativa é que até o final do ano seja possível "iniciar as obras já com o resultado da licitação". Brito informou que o ministério realizou duas licitações: a primeira para escolher a empresa gerenciadora do projeto e a outra para a compra de 18 bombas que serão usadas na integração do São Francisco.
Outros dois processos licitatórios estão em andamento e devem terminar no dia 15 de setembro, informou o coordenador. Ele também afirmou que a integração do rio São Francisco vai beneficiar cerca de 12 milhões de pessoas que sofrem com o problema da seca no Nordeste. "É um drama social sem paralelo no mundo, e a responsabilidade política do presidente Lula fez com que ele tomasse essa decisão importante para o país, com resultados econômicos e sociais e sem agredir o meio ambiente".
Pedro Brito participou hoje (11) de debate sobre os aspectos jurídicos e técnicos relacionados ao projeto, no Tribunal de Contas da União (TCU).