Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O mais complicado dos sete casos envolvendo a siderúrgica Companhia Vale do Rio Doce foi também julgado ontem (10) pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão do Ministério da Justiça. A decisão determina a conclusão do descruzamento de ações entre a Vale e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). O descruzamento foi considerado necessário, em 2001, porque descobriu-se que a CSN possuía ações na Vale, o que feria a concorrência entre as duas empresas.
O acordo feito em 2001 para descruzar as ações previa que a Vale tinha prioridade na compra de material retirado da mina Casa de Pedra, de propriedade da CSN. A CSN questionou agora o acordo no Cade e obteve vitória. A Vale terá de abrir mão do contrato em que tem prioridade sobre a produção da Casa de Pedra.
Se não quiser abrir mão da prioridade, terá de vender a mineradora Ferteco – cuja compra o Cade aprovou também ontem. A Vale é a maior empresa de mineração diversificada das Américas.