Brasil e Quênia tentam aparar divergências sobre reforma do Conselho de Segurança da ONU

11/08/2005 - 15h47

Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O chanceler do Quênia, Chirau Ali Mwakwere, tem encontro hoje (11) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às 17h, no Palácio do Planalto. Em pauta, a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU)l

O Conselho possui cinco membros permanentes (basicamente, as nações vitoriosas da II Guerra Mundial): China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. Além deles, há dez membros temporários, que são escolhidos a cada dois anos.

Quênia e Brasil defendem que seja aumentado para 11 o número de membros permanentes. O chanceler queniano manifestou o apoio do seu país a que o Brasil ocupe um assento permanente, caso a proposta de reforma do conselho seja aprovada.

Mas os dois país têm uma pequena divergência na reforma do Conselho, quanto ao número de não-permanentes (uma diferença de uma pessoa) e ao poder de veto dos novos membros permanentes. Para o Quênia, caberia esse poder já aos novos membros. O Brasil propõe que nos novos membros permanentes fiquem alguns anos sem direito a veto. Mas, em essência, há concordância de que "é necessário que haja reforma", afirma Amorim, que considera 95% das questões propostas pelos países como idênticas.