Rio, 30/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Ministério da Saúde espera começar a produzir e distribuir no início de 2006 o medicamento Surfactante, usado para evitar a morte do recém-nascido por complicações respiratórias. A produção será por meio de parceria com o Instituto Butantã, de São Paulo, que já está realizando os testes clínicos com o remédio.
Segundo o coordenador do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal do Ministério da Saúde, Adson França, atualmente o Brasil compra o medicamento, que tem um preço elevado, de empresas farmacêuticas particulares. Por meio do convênio, assinado no primeiro semestre, o governo federal poderá produzir 100 mil doses por ano.
"O Surfactante ajuda na maturidade pulmonar do recém-nascido pré-maturo. Com a produção do Instituto Butantã, o preço do medicamento cai sensivelmente e o bebê que necessitar do Surfactante no serviço público de saúde vai ter essa medicação disponibilizada", disse Adson França.
Estima-se que, anualmente, cerca de 47 mil bebês nascidos prematuros no Brasil morram em decorrência da Doença Pulmonar de Membrana Hialina, um mal que dificulta a respiração do bebê.