Brasília – Alemanha, Brasil, Índia e Japão, na noite da última sexta-feira (08), avançaram na proposta de reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Na embaixada do Brasil em Londres, representantes governamentais dos quatros países – que compõem o chamado G-4 – se reuniram para articular a criação de seis novos postos de conselheiros permanentes, buscando unidade para suas propostas e envolvendo a União Africana.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Joschka Fischer, o ministro das Relações Exteriores da Índia, Natwar-Singh, e o ministro das Relações Exteriores do Japão, Machimura Nobutaka se encontraram com o ministro das Relações Exteriores de Gana, Nana Addo Dankwa Akufo-Addo – que participou como representante do grupo de contato do mecanismo de seguimento sobre a reforma da ONU estabelecido pela União Africana (UA). A presença do ministro de Gana reforçou ainda a necessidade de examinar os desdobramentos das cúpulas da UA, em Sirte (Líbia), e da Comunidade do Caribe (Caricom), em Santa Lucia.
O G-4 apresentou seu projeto de resolução-quadro e a versão final, incluindo propostas dos países africanos, deve ser apresentada à Assembléia-geral da ONU na próxima semana. Os ministros recordaram a Declaração de Bruxelas e reiteraram a importância de o Conselho de Segurança ser reformado para representar as realidades globais atuais, e não a do mundo de 60 anos atrás.
O Conselho de Segurança foi criado em 1946 e tem como membros permanentes, com direito a veto, cinco dos países vitoriosos da Segunda Guerra Mundial: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia.
O encontro dos cinco ministros, na prática, prevê a consolidação da ampliação do quadro permanente do Conselho de Segurança. O G-4 defende a ampliação do Conselho de Segurança, tanto em seus membros permanentes, como temporários. Também pede uma representação mais igualitária, com a inclusão de países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Com informações do Ministério das Relações Exteriores