Exército diz em nota oficial que "haverá paridade" na proposta de reajuste para militares

09/07/2005 - 16h03

Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Após a reunião, na ultima sexta-feira (08), com o vice-presidente e ministro da Defesa José Alencar, para tratar da remuneração dos militares, o comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, informa – por meio de nota divulgada depois das 21h30 de ontem na página oficial do Exército – que "haverá paridade" (os militares da ativa, da inatividade e pensionistas recebendo o mesmo tratamento). E que "o mesmo índice será aplicado para todos os postos e graduações".

A reunião, inconclusa – segundo a nota –, contou com a presença dos ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Planejamento e do Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo; além de os comandantes da Marinha, almirante Roberto Carvalho, e da Aeronáutica, brigadeiro Luis Carlos Bueno.

O general Francisco Albuquerque ressaltou que manteve "firme posição" tanto em relação à paridade quanto à aplicação do mesmo índice para toda a tropa". A nota informa que Albuquerque considerou esses dois pontos "inegociáveis desde o início dos estudos". O general Albuquerque acrescentou, segundo o texto, que continua "a defender a proposta do Ministério da Defesa, que prevê reposição de 23%".

Ao final da nota, o general Albuquerque assinalou que "apesar de não ter sido ainda definido o índice", o tema da recomposição salarial dos militares "continuará a ser prioritário" para ele "até que lhe seja dada uma solução definitiva". Nesse sentido, afirmou ele, uma nova reunião "está prevista com o ministro da Defesa para o próximo dia 18 de julho".

No encontro de ontem, o vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, informou que no dia 18 apresentará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma proposta de reajuste salarial para os militares. José Alencar anunciou que a proposta aponta para um reajuste a ser pago em duas parcelas, sendo 13% a partir deste mês de julho e 10% a partir de janeiro de 2006, para militares da reserva e da ativa. "Os comandantes disseram que apóiam essa proposta", afirmou Alencar.