Rosamélia de Abreu
Repórter da Voz do Brasil
Brasília – A construção de 140 casas para os índios truká, na Ilha Assunção, em Pernambuco, faz parte do projeto para melhoria das condições de vida das populações ribeirinhos da Bacia do Rio São Francisco.
Uma enchente atingiu no ano passado a Ilha Assunção e destruiu metade das casas da aldeia dos índios onde moram 700 famílias.
Neste primeiro convênio entre os Ministérios da Integração Nacional e da Defesa, no valor de 1,5 milhão de reais , está garantida a construção de 140 casas, mas segundo o cacique Neguinho, da tribo truká, são necessárias 340 para acabar com o problema da moradia. "No ano passado, a chuva destruiu 340 casas. As nossas estradas também foram danificadas com as chuvas e elas são necessárias para escoar a nossa produção de arroz", explica o cacique.
O coordenador geral do projeto de integração da Bacia do Rio São Francisco, Pedro Brito, informou que até o final do ano serão iniciadas as obras de mais casas para os índios. "Nós estamos avaliando a disponibilidade orçamentária para construir todas as 340 casas destruídas pela enchente. Há possibilidade de até o final do ano nós concluirmos a construção de todas as casas que os índios reivindicam", garante o coordenador.
Pedro Brito explicou que as casas têm área de 34 metros quadrados e possuem banheiro, dois quartos, cozinha e sala e fossa sanitária. As casas serão construídas pelo Batalhão de Engenharia e Construção do Exército e devem ser entregues num prazo de dois meses.
Os índios truká são considerados os maiores produtores de arroz da região. Eles são responsáveis por 87% da produção de 30 mil toneladas por ano de arroz da cidade de Cabrobó. Os índios também plantam milho, feijão, arroz e tomate. Por isso, está garantida também a pavimentação da estrada que liga a Ilha Assunção à cidade de Cabrobó, além da recuperação das vias internas da ilha por onde é escoada a produção de arroz. O custo total dessa obra é de 7 milhões e 500 mil reais.
A construção das casas e recuperação das estradas da Ilha de Assunção, de acordo com Pedro Brito, estão dentro do projeto para melhorar as condições dos ribeirinhos da Bacia do São Francisco.
