Greve de servidores da seguridade e do trabalho no Rio completa 30 dias

01/07/2005 - 14h29

Rio, 1/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - A greve dos servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Sistema Único de Saúde (SUS) e do Ministério do Trabalho completa hoje um mês. Segundo a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência do Rio de Janeiro (Sindisprev/RJ), Silene Souza, 90% das unidades estaduais estão paralisadas, além de 66% no SUS. "A greve dos servidores da saúde e do INSS está completando 30 dias. Infelizmente, até agora não conseguimos acordo nem com o governo federal e nem com o estadual, que não recebeu a comissão de greve para negociar", disse.

A diretora informou que na segunda-feira (4) mais um hospital do estado vai aderir ao movimento: o Instituto de Infectologia São Sebastião, no Caju (zona portuária). No INSS, são atendidos apenas os casos de perícia de primeira vez. Silene Souza explicou que por conta de uma liminar da Justiça, o sindicato é obrigado a garantir 60% do funcionamento das agências. "Em atendimento a essa liminar, as agências que estão em greve funcionam parcialmente. Os médicos peritos do INSS, que não fazem parte do nosso sindicato, estão atendendo", acrescentou.

Há agendamentos para pedidos de perícia de primeira vez até outubro, informou a diretora. Nos casos já em andamento, o governo mantém o pagamento até que termine a greve e possa haver nova perícia. Com a paralisação, a concessão de novos benefícios e aposentadorias está suspensa.

Silene Souza garantiu que os serviços de emergência estão mantidos pelos grevistas. E disse concordar com o secretário estadual de Saúde, Gilson Cantarino, que prometeu abrir sindicância caso haja casos de negligência para este tipo de atendimento. "Se algum caso de emergência não for atendido, deve ser aberta sindicância, porque todos os casos têm que ser atendidos. É para isso que existe triagem. Esse tipo de atendimento não foi suspenso", assegurou.

Nas Delegacias Regionais do Trabalho (DRT) os servidores estão em estado de greve e realizam assembléias diárias. Já os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fazem operação padrão no Aeroporto Internacional Tom Jobim e no Porto do Rio.

Os servidores da Seguridade reivindicam melhores condições de trabalho e de atendimento à população, fim das filas, concurso público imediato, 18% de reajuste, incorporação de gratificações, paridade entre ativos e aposentados e jornada de 30 horas semanais com data-base em 1º de maio.