Lilian de Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os brasileiros aprovam a política pública de planejamento familiar, lançada em março deste ano pelo ministério da Saúde. É isto que indica uma pesquisa realizada pelo órgão entre os dias 18 e 19 de junho em 25 estados do país. Mais de duas mil pessoas responderam ao questionário. Entre os entrevistados, 91% aprovam a ampliação da oferta de métodos anticoncepcionais na rede pública de saúde e 77% acham positiva a distribuição gratuita da pílula de emergência, conhecida como pílula do dia seguinte.
"Com o levantamento, o ministério descobriu que a população apóia a distribuição gratuita de anticoncepcionais e da 'pílula do dia seguinte' nos postos de saúde e pelo programa Saúde da Família. Mas a pesquisa mostrou também que a maior parte dos brasileiros não sabe como evitar filhos por falta de informações sobre os métodos", diz o ministro Humberto Costa.
Para combater este problema, o ministério vai ampliar a divulgação sobre o tema. "Vamos mostrar o que está sendo feito sistematicamente, usando meios de comunicação. Também vamos inserir política de educação sexual nas escolas públicas e privadas e garantir acesso universal aos métodos contraceptivos", afirma o ministro.
O aumento na distribuição de métodos contraceptivos terá um custo quatro vezes maior que o registrado nos anos anteriores. Segundo o ministro, serão gastos R$ 40 milhões para atender 40 milhões de pessoas. Está previsto também o aumento da distribuição de camisinhas para adolescentes com idade acima de 13 anos em escolas públicas. Isso já acontece em alguns colégios do país, mas a pesquisa mostrou que 56% dos brasileiros não sabiam. Entre os que tinham conhecimento da política de distribuição, 74% consideram a ação positiva.
Este mês, 3.844 municípios já começaram a receber os contraceptivos – como camisinha e pílulas. Com isto, 5.232 cidades estão abastecidas com os métodos disponíveis na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Política Nacional de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos prevê ações voltadas ao planejamento familiar para o período de 2005 a 2007. A ação pretende garantir os direitos à saúde sexual e reprodutiva da população.