Jaques Wagner diz acreditar que PMDB vai ampliar participação no governo

27/06/2005 - 19h16

Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil

Brasília – "Eu creio que, do ponto de vista do governo, está expresso que quer ter o PMDB institucionalmente dentro da base", disse o ministro da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Jaques Wagner. Questionado pela imprensa se ampliação do PMDB no primeiro escalão seria fundamental para o governo Lula, ele respondeu que sim, dizendo acreditar que o desfecho será positivo no que se refere a essa questão."Por parte do PMDB, também sinto que há uma ampla maioria favorável a essa tese", completou.

O ministro foi sondado para assumir a Coordenação Política, em substituição a Aldo Rebelo, mas deixou claro que seu atual projeto político é o de candidatar-se ao governo do estado da Bahia em 2006.

"O meu projeto, do Partido dos Trabalhadores da Bahia e do próprio Lula é a minha candidatura ao governo do estado da Bahia. Evidentemente que se houver uma convocação do presidente para assumir a Coordenação Política, isso terá de ser avaliado", comentou. "Por enquanto, não houve nenhum convite formal do presidente. Ele só me sondou e eu disse que, se precisar de mim, sou soldado do projeto."

Jaques Wagner se reuniu hoje, no Palácio do Planalto, com o presidente Lula, acompanhado do prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro. Após a reunião, o prefeito de Salvador disse que no encontro se discutiu o futuro do metrô na capital baiana. Segundo ele, Lula garantiu que as obras do metrô vão continuar e que, a partir do próximo mês, vão contar com um fluxo regular mensal de liberação de recursos federais. Carneiro informou que representantes dos ministérios das Cidades, da Fazenda e do Planejamento irão em breve a Salvador, por determinação do presidente Lula, para definir o valor a ser liberado.

Segundo o prefeito de Salvador, as obras do metrô estão em curso mas num ritmo lento. Para concluí-las, serão necessárias cerca de US$ 300 milhões.