Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A dívida líquida do setor público atingiu em maio R$ 957,570 bilhões que correspondem a 50,3% do Produto Interno Bruto (PIB). A dívida interna compromete, portanto, mais de metade de todas as riquezas produzidas no país, que somaram R$ 1,854 trilhão nos últimos 12 meses.
O número foi anunciado hoje pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, ao divulgar o relatório de maio sobre Política Fiscal. Segundo ele, o crescimento nominal foi pequeno em relação à dívida registrada em abril, de R$ 956,677 bilhões, que equivalia a 50,4% do PIB.
Ele explicou que o déficit (saldo negativo) de R$ 893 milhões no mês foi compensado pela valorização do real em relação ao dólar norte-americano, e ajudou na redução da proporção da dívida com o PIB, que já caiu 1,4 ponto percentual no ano, comparado à equivalência de 51,7% em dezembro do ano passado.
O economista do BC revelou que a dívida mobiliária federal teve crescimento nominal de R$ 14,1 bilhões em maio, na comparação com abril, e totalizou R$ 887,9 bilhões, ou 46,6% do PIB. Resultado das emissões líquidas de R$ 4 bilhões em títulos e da incorporação de juros no valor de R$ 10,1 bilhões.
De acordo com o relatório de Política Fiscal, R$ 225,6 bilhões (25,4%) da dívida mobiliária vencem no decorrer do segundo semestre deste ano; R$ 318,2 bilhões (35,8%) vencem em 2006; e R$ 344,2 bilhões (38,8%) são compromissos para quitação a partir de janeiro de 2007. Altamir lembrou que a duração média de vencimento dos títulos públicos federais caiu de 10,8 meses, em abril, para 10,6 meses em maio.