Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência no Rio Grande do Sul (Sindisprev/RS) terá que colocar 50% dos servidores que atuam na área de benefícios trabalhando nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Porto Alegre. A decisão da juíza substituta da 4ª Vara do Tribunal Regional Federal, Andréia Castro Dias, atende a pedido de liminar impetrado pelo Ministério Público Federal no Estado.
A determinação prevê a criação de uma escala de trabalho dos grevistas que atuam na concessão ou nos processos de manutenção dos benefícios. A decisão deve ser cumprida imediatamente e o sindicato foi convocado a apresentar à Justiça, relatórios semanais sobre o número de servidores que estão trabalhando em cada agência. A greve dos previdenciários no Rio Grande do Sul completa hoje 22 dias.
Segundo o superintendente regional do Instituto, Delmar Joel Eich, das 101 agências em operação no Estado, 67 funcionam normalmente, 15 de forma parcial, e apenas estão 19 fechadas. Mesmo assim, 30 mil requerimentos de benefícios deixaram de ser protocolados no Rio Grande do Sul, durante o período. O secretário de Assuntos da Previdência, do Sindisprev/RS, Giuseppe Finco, disse que as agências de vários municípios gaúchos estão fechadas.
Onze categorias de servidores públicos federais estão paradas no Rio Grande do Sul. Os demais servidores federais em greve, mantêm piquetes à entrada de seus locais de trabalho. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Servidores Federais no Estado (Sindiserf/RS), Marizar Mansilha de Melo, o objetivo é a busca por melhores condições de trabalho.