Encontro discute formas de diminuir a desigualdade racial no mercado de trabalho

24/06/2005 - 11h50

Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Rio – Empresários, representantes do governo federal, de empresas como a Petrobras e Eletrobrás, e de entidades de defesa dos diretos da população negra buscam saídas para acabar com as desigualdades e garantir o acesso dessa população à escola e ao mercado de trabalho nas mesmas condições que a população branca. O assunto está sendo discutido no seminário "Construindo a Diversidade Racial nas Empresas", promovido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Recentemente a Firjan elaborou uma pesquisa mostrando que enquanto há desemprego de 11,8% entre os negros, existem 8,2% de brancos desempregados na região metropolitana do Rio de Janeiro. Os dados foram levantados a partir da Pesquisa Mensal de Emprego divulgada em março do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa revela ainda que os trabalhadores negros da região ganham em média R$ 4,90 por hora trabalhada, enquanto os brancos recebem mais que o dobro, R$ 7,03. Os salários pagos pela iniciativa privada fluminense também revelam a desigualdade. De acordo com a pesquisa, a média salarial entre os negros é de R$ 587,00 por mês, contra R$ 980,00 pagos aos trabalhadores brancos.

Outro dado considerado relevante pelos empresários foi o nível de escolaridade que mostra que entre na população ocupada no estado, os trabalhadores brancos possuem média 10 anos de estudo, contra aproximadamente 7 anos e meio de estudo da população negra. A ministra da secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade racial, Matilde Ribeiro, participa á tarde das discussões. Agora pela manhã a ministra foi representada pelo sub-secretário Carlos Trindade.