Rio - Ficou para o próximo dia 30 a assinatura do convênio entre a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), o Ministério do Desenvolvimento Social, Petrobrás e Fundação Universidade de Brasília, no valor de R$ 3 milhões. É para a realização de projetos sustentáveis em seis comunidades quilombolas. O dinheiro vai ser liberado pela Petrobrás e faz parte do Programa Fome Zero da empresa.
O convênio seria firmado nesta sexta-feira durante o seminário "Construindo a Diversidade Racial nas Empresas" promovido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, mas só vai ser assinado durante a Conferência Nacional de Igualdade Racial, na próxima quinta-feira, em Brasília.
Foram beneficiadas com o convênio os quilombos "Campinho da Independência" ( RJ), "Ivaporunduva" ( SP) , "Mocambo" (SE), "Barra do Brumado-Rio das Contas" ( BA), "Sumidouro" ( PI) e "Tapuio-Queimada Nova" ( PI).
As seis comunidades já desenvolvem atividades produtivas nas áreas agrícola, de piscicultura, horticultura e nos setores de turismo e artesanato, com destaque para a cerâmica, e foram consideradas aptas para gerenciar o próprio desenvolvimento sustentável.
Os quilombolas são descendentes de escravos que fugiram dos trabalhados forçados das fazendas e se refugiaram em quilombos distantes dos centros urbanos. Eles sobreviveram da lavoura e artesanato e mantêm vivas as tradições e costumes africanos. Estima-se que existam hoje pelo menos mil e seiscentas comunidades quilombolas em todo o país.