Campanha para entrega de armas manterá postos abertos em cinco cidades no fim de semana

18/06/2005 - 13h21

Gabriela Guerreiro e Iolando Lourenço
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - Termina na próxima quinta-feira (23) a Campanha Nacional de Entrega Voluntária de Armas de Fogo, que até o início de junho recolheu mais de 362 mil armas em todo o país. A campanha teve início em dezembro de 2003 com o objetivo de desarmar a população brasileira e reduzir o número de mortes por armas de fogo no Brasil. Neste final de semana, uma série de mobilizações estão sendo programadas em diversos estados para estimular a população a comparecer aos postos de entrega antes de término da campanha. Hoje, os postos estarão abertos em Londrina (PR), Natal (RN), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ).

A cidade de Londrina inaugurou hoje um posto de coleta de armas no calçadão da cidade, com o apoio da Prefeitura. Ao longo do dia, serão realizados shows e apresentações teatrais como forma de estimular a população a entregar armas de fogo. Já no Rio Grande do Sul, postos itinerantes da Polícia Federal vão percorrer os municípios da região dos Campos Gerais para recolher armas. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, haverá mobilizações durante toda a semana com atividades que vão desde a realização de palestras sobre a importância da devolução das armas, até caminhadas em defesa da campanha.

Na próxima terça-feira (21), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Carlos Velloso, explicará ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), e a líderes partidários os preparativos para a realização do referendo sobre a comercialização de armas de fogo no país. Segundo o vice-líder do PPS, Raul Jungmann (PE), Velloso vai pedir agilidade na votação do projeto de decreto legislativo que disciplina a consulta popular. O TSE marcou para o dia 23 outubro a data para realização do referendo em todos os estados brasileiros.

Segundo Jungmann, o ministro já estabeleceu o dia 30 de junho como prazo limite para a aprovação do projeto pelo Congresso para que o TSE tenha condições de promover o referendo na data marcada. Velloso esclarecerá aos deputados que só poderá realizar as licitações e a contratação de pessoal, para a execução do trabalho, após a aprovação da matéria pela Câmara e sua promulgação pelo Congresso Nacional. O projeto tramita na Câmara dos Deputados desde o ano passado.