Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança hoje (17), o Plano Safra da Agricultura Familiar 2005-2006, em Santa Rosa, região noroeste do Rio Grande do Sul. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, acompanha o presidente no evento, que será realizado, às 11h, no Parque de Exposições da Feira Nacional da Soja (Fenasoja). Na ocasião, também serão entregues os cheques do Seguro da Agricultura Familiar (SEAF) aos agricultores do município que foram prejudicados pela estiagem de verão.
Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o governo federal está oferecendo R$ 9 bilhões para o financiamento de custeio e investimentos e espera conceder dois milhões de créditos no próximo período. Na safra atual, que se encerra no final de junho, foram colocados à disposição dos agricultores familiares R$ 7 bilhões e, até agora, foram liberados R$ 6,2 bilhões, beneficiando cerca de 1,6 milhão de contratos. O desempenho é 38,8% maior do que o executado na safra 2003-2004, quando foram liberados R$ 4,5 bilhões para atender 1,4 milhão de contratos. O valor para a próxima safra é quase quatro vezes superior aos R$ 2,3 bilhões liberados em 2002-2003, quando foram assinados 900 mil contratos.
Segundo Rossetto, o plano, que será anunciado amanhã no Estado, "marca o compromisso do governo federal com a agricultura familiar - cadeia produtiva que representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e movimenta riquezas da ordem de R$ 160 bilhões por ano". Ele disse que o setor responde por dois terços dos postos de trabalho no campo, o equivalente a 14 milhões de trabalhadores. "Nós vamos ampliar e facilitar os investimentos na agroindústria, uma marca forte no próximo plano safra, apoiar o cooperativismo, de tal forma que agreguemos mais valor à nossa produção primária, e melhorar também a qualidade da assistência técnica para aumentar a produção e a renda dos nossos agricultores", ressaltou.
O ministro adiantou também, que para contemplar um número maior de agricultores familiares, o governo federal promoveu uma série de alterações em linhas já existentes do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e criou outras. No caso do crédito para a reforma agrária, será permitida a realização de até três operações de custeio nos grupos A/C do Pronaf e ampliado financiamento de investimento. "Além disso, foi criada uma linha de financiamento para recuperação de assentamentos e programa de agroindústria para agricultores assentados", explicou Rossetto.
