Lupi Martins
Repórter da Agência Brasil

Porto Alegre - A greve dos servidores federais no Rio Grande do Sul já atinge 12 órgãos públicos. Na última quarta-feira, também aderiram à paralisação os funcionários do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) vinculado ao Ministério da Cultura. Também naquele dia os servidores administrativos da Polícia Rodoviária Federal interromperam as atividades por 24 horas.

Em greve há 17 dias, os servidores da delegacia federal da Agricultura estão paralisados há mais tempo no estado. No Ministério da Fazenda, o recadastramento de aposentados e pensionistas e o atendimento ao cidadão estão funcionando. Já na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), com sede em Passo Fundo no interior do estado, a paralisação é total.

Na área da Previdência Social, há 14 dias funcionam apenas as perícias médicas que estavam agendadas antes da greve. Na próxima segunda-feira, haverá uma assembléia para discutir a paralisação. No Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), segundo o superintendente estadual Ângelo Menegatti, 50% dos 75 funcionários estão trabalhando, mas realizam apenas atividades internas e serviços essenciais de atendimento a conflitos fundiários.

O secretário-geral do sindicato dos Servidores Federais no estado, Marisar de Mello, afirma que a paralisação continuará por tempo indeterminado. Os servidores reivindicam realização de concursos públicos, aprovação de um plano de carreira, incorporação das gratificações às remunerações básicas e reposição salarial de 18% referentes a perdas salariais acumuladas entre 1995 e 2004.