Funcionários do Cespe estão à disposição da Justiça após denúncia de fraude em concursos

28/05/2005 - 19h10

Irene Lôbo e
Lana Cristina
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O reitor da Universidade de Brasília, Lauro Morhy, informou em entrevista coletiva que encaminhou petição ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios colocando à disposição do Judiciário todos os funcionários do Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe), para a investigação sobre fraudes nos concursos públicos.

Ao lado da diretora geral do Cespe, Romilda Macarini, o reitor lembrou que uma sindicância interna foi instalada na universidade desde segunda-feira. Tanto Morhy quanto Macarini descartaram a possibilidade de a fraude nos concursos ter origem nos quadros do Cespe, responsável pela elaboração das provas.

Sobre o ex-funcionário da gráfica do Cespe, Fernando Leonardo Oliveira Araújo, que prestou depoimento neste sábado à Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco) da Polícia Civil do Distrito Federal, o reitor esclareceu que ele saiu por não ter se integrado à equipe do Centro. Fernando e a mulher, Carlimi Argenta de Oliveira, estão presos, além do técnico judiciário Hélio Ortiz, o suposto líder da quadrilha denunciada pelas fraudes.

A Polícia Civil liberou o diretor acadêmico do Cespe, professor Mauro Luiz Rabelo, depois de ouvi-lo na madrugada deste sábado. Ele chegou a ser apontado como o responsável por encaminhar as provas dos concursos para a quadrilha.