Brasília, 25/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - O senador Paulo Paim (PT-RS) desmentiu há pouco a informação dada por seu colega Eduardo Suplicy (PT-SP), de que o líder do governo no Senado, Aloízio Mercadante (PT-SP), teria ponderado que se fosse inevitável a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, os defensores da comissão deveriam assinar o requerimento pouco antes da meia-noite.

"O Aloizio Mercadante, o Delcídio Amaral [líder do PT no Senado] e a Ideli Salvati (SC) sempre foram contrários a essa idéia. Eles queriam a unidade da bancada", afirmou Paim, contrariado com a decisão de Suplicy de anunciar seu apoio à instalação da comissão.

O senador gaúcho informou que não apresentará mais à Secretaria Geral da Mesa do Senado o ofício confirmando a adesão à CPMI dos senadores petistas Flávio Arns (PR), Eduardo Suplicy (SP), Cristovam Buarque (DF), Sery Slhessarenko (MT), Ana Júlia Carepa (PA) e dele próprio.

Segundo Paim, Suplicy rompeu um acordo feito à tarde com os outros quatro colegas. "Nós conversamos com ele no plenário. Diante da angústia por que passava, decidimos entregar o ofício às 23h30 mas ele se antecipou. Agora não vamos entregar", disse.