Farmacêuticos e consumidores paulistanos avaliam venda de remédio fracionado

25/05/2005 - 8h12

Melina Fernandes
Da Agência Brasil

São Paulo – Após a liberação da venda de medicamentos fracionados, as farmácias visitadas pela Agência Brasil na cidade de São Paulo ainda não ofereciam ao consumidor esta opção de compra. Farmacêuticos e consumidores entrevistados, no entanto, aprovam a medida.

A Resolução 135 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no Diário Oficial da União, diz que os remédios só serão vendidos de forma fracionada em farmácias que disponham de laboratório de manipulação. As farmácias devem ser previamente credenciadas e ter ambiente exclusivo para a divisão dos remédios, na qual os consumidores possam acompanhar a separação.

Além disso, os laboratórios devem fabricar embalagens que permitam o fracionamento e que contenham as mesmas informações da embalagem original, como bula e data de validade. O prazo para entrega dos medicamentos solicitados é de 45 dias.

A farmacêutica Maria Helena de Souza Lima, de um estabelecimento no centro de São Paulo, aprova a resolução. "Como saiu já publicado no Diário Oficial da União, pela Anvisa, passei para o supervisor, que está tomando providências para arrumar o local adequado, adotar o procedimento e também encaminhar a documentação para a vigilância".

Na opinião de Maria Helena, a medida é positiva para o consumidor porque reduz os gastos com a compra de remédios. "Eu trabalho com a área de saúde. As pessoas vêm comprar medicamento e acabam desistindo por causa do preço. Então, o fracionamento vai ajudar esse tipo de cliente".

O farmacêutico Samuel Kanada, diz que a rede de drogarias onde trabalha ainda não se manifestou a respeito do fracionamento de remédios. Kanada acredita que, se a medida se adequar à necessidade da população, a organização onde trabalha também vai se adaptar à nova situação. "Na minha opinião ainda está muito confuso"u.

Para a auxiliar de escritório Ruth Conceição Sauerbronn, a medida já deveria ter sido adotada antes. "Sou diabética e, às vezes, compro coisas que acabo não usando. Então, se vende por quantidade, não tem por quê comprar uma caixa fechada".