Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba - O Programa Luz para Todos já cumpriu, no Paraná, 90% de sua meta de realizar, até o final deste ano, 12 mil ligações. Cerca de mil domicílios já foram atendidos, aproximadamente 3.500 estão com as redes em construção, pouco mais de dois mil com obras em licitação e os demais, em fase de projeto e estudos. O Ministério de Minas e Energia, o governo estadual e a Companhia Paranaense de Energia (Copel), parceiros neste programa, desenvolveram, desde o final de 2004, 369 obras de extensão de redes de energia elétrica em 174 municípios do estado.

A meta é que, ao final de três anos, tenham sido atendidas 36 mil famílias que não tinham o benefício no estado. Os recursos disponíveis são da ordem de R$ 20 milhões, num sistema de contrapartidas entre os governos federal e estadual.

Segundo o diretor de distribuição da Copel, Ronald Ravedutti, no Paraná, a diferença entre o custo médio real das ligações e o custo estimado inicialmente pelo MME está em torno de 100%. Ele explicou que a razão é que grande parte da população rural já é atendida por programas de eletrificação executados pela Copel, que beneficiam hoje um total de 327 mil propriedades.

"As famílias que ainda aguardam atendimento no Paraná têm como característica geral o fato de estarem geograficamente pulverizadas e quase sempre a grande distância da rede de energia elétrica, em regiões de topografia acidentada e de difícil acesso, fatores que elevam consideravelmente os custos médios das ligações", afirmou Ravedutti.

A Copel tem 29 mil cadastros aguardando ligação pelo programa Luz para Todos, que, por lei, delega prioridade ao atendimento de assentamentos rurais e aldeias indígenas. Nesse caso, estão cerca de cinco mil cadastros em 90 municípios do Paraná, cujas ligações deverão ser executadas até o final deste ano.

O programa Luz para Todos tem o objetivo de levar energia elétrica para mais de 12 milhões de pessoas até 2008. Coordenado pelo MME, com participação da Eletrobrás e suas empresas controladas, o programa atenderá a uma população equivalente à dos estados do Piauí, Mato Grosso do Sul e Amazonas e do Distrito Federal.

A instalação da energia elétrica nos domicílios é gratuita para as famílias de baixa renda e, para os consumidores residenciais, com ligação monofásica e consumo mensal inferior a 80kwh/mês, as tarifas serão reduzidas, como previsto na legislação.

De acordo com o Ministério, o programa, orçado em R$ 7 bilhões, está sendo feito em parceria com as distribuidoras de energia e governos estaduais. O governo federal destinará R$ 5,3 bilhões ao programa. O restante será partilhado entre governos estaduais e agentes do setor.