IRB nega acusações e diz que mecanismos de controle e auditorias verificam seu orçamento

23/05/2005 - 18h37

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - Em nota divulgada no início da noite de hoje (23) a diretoria executiva do Instituto Brasil de Resseguros (IRB-Brasil Re), vinculado ao Ministério da Fazenda, repudiou recentes notícias publicadas na imprensa afirmando que o órgão teria sofrido pressões para concessão de uma renda mensal da ordem de R$ 400 mil ao PTB, presidido pelo deputado federal Roberto Jefferson (RJ).

O IRB-Brasil esclareceu que, em razão dos "mecanismos de controle operacional continuamente aprimorados", não é possível "a reversão de qualquer parcela de seus resultados para o custeio de despesas que não estejam previstas em seu orçamento". Do mesmo modo, a diretoria do IRB afirmou não aceitar "qualquer interpretação que possa pôr em dúvida a seriedade na condução de seus negócios". Atualmente, o IRB é a única empresa no Brasil que pode fazer operações de resseguro. Essas operações representam um tipo de pulverização em que o segurador transfere a outro o risco assumido, seja no todo ou de forma parcial.

A diretoria executiva do IRB registrou ainda que a empresa está sujeita ao controle do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral da União, além de auditorias privadas externas, como as demais sociedades anônimas. A diretoria reafirmou os "padrões de técnica e profissionalismo", garantindo que prosseguirá atuando dessa forma para que os serviços prestados à sociedade não sejam afetados. Nenhum diretor do IRB comentou as denúncias envolvendo a empresa.

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse ontem que determinou ao diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, a abertura de inquérito policial para investigar as possíveis irregularidades no Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).

Criado em 1939, o IRB, estatal de resseguros, movimenta R$ 900 milhões por ano. De acordo com a denúncias feitas esta semana, a autarquia seria obrigada a pagar uma mensalidade ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). A determinação teria vindo do presidente do partido, deputado Roberto Jefferson, que, em troca da indicação para a presidência do Instituto, teria de receber R$ 400 mil por mês.

AD