Para representar trabalhadores de cada base apenas um sindicato por ramo, defende Força Sindical

20/05/2005 - 18h38

Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A defesa da unicidade sindical na base, a pluralidade sindical para as federações e confederações e o reconhecimento das centrais foram os principais resultados da Plenária Nacional da Força Sindical, concluída ontem.

Segundo o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, conhecido como Juruna, "não está claro no texto original da Reforma Sindical que tramita no Congresso a questão que trata da unicidade na base do sindicato". Assim, como ele afirma, o risco é de que, se aprovada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 369) com o texto atual, pode "existir a possibilidade de mais de uma entidade sindical numa mesma base". A decisão da Força a favor da unicidade busca garantir que apenas um sindicato por ramo ou setor econômico represente os trabalhadores de cada base.

No caso das federações e confederações, ao contrário, a proposta prevê a participação de mais entidades. HOje, a lei possibilita apenas uma entidade por base.

Esses pontos são consensuais entre as demais centrais sindicais. E já foram discutidos durante a 11ª Plenária Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no último dia 13, quando se elaborou o documento "Plataforma Democrática Básica".

Segundo Juruna, a Força Sindical, a CUT, a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), a Social Democracia Sindical (SDS) e a Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT) vão elaborar um plano de reivindicações, que será encaminhado ao governo e ao parlamentar responsável pela relatoria da PEC 369 na Comissão de Constituição e Justiça, o deputado federal Maurício Rands (PT-PE).

"O objetivo da nossa proposta é apresentar uma alternativa à PEC 369 original e unificar o movimento sindical em torno da reforma sindical", concluiu Juruna.