Porto Alegre, 18/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas na Câmara Federal, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), visitou nesta quarta-feira a cidade de Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, apontada como o principal ponto de entrada de armamento e munições no Brasil. Uma rua separa a cidade da uruguaia Rivera e a lei desse país permite a venda de armas.
Pela manhã, Pimenta confirmou nas lojas que uma pistola 9 milímetros, com venda proibida no Brasil e de uso exclusivo das Forças Armadas, custa US$ 650. Em Porto Alegre, na segunda-feira (16), o deputado já havia feito contatos com a Polícia Federal, Polícia Civil e Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul preparando a instalação dos trabalhos da CPI no estado, nos próximos dias 2 e 3. Ainda nesta semana ele disse que pretende visitar a fábrica de armamentos Taurus, em São Leopoldo, na região metropolitana da capital.
O Rio Grande do Sul foi o estado brasileiro onde o comércio ilegal de armas mais aumentou nos últimos anos, conforme pesquisa da organização não-governamental Viva Rio. O número de armas saltou de 186 a cada mil domicílios, entre 1996 e 1994, para 246 armas em 2005.
O deputado informou que também será investigada na CPI a troca de armas por drogas, levadas em aviões para países andinos.