Greve paralisa construção de plataformas da Petrobras em Niterói

18/05/2005 - 15h11

Rio, 18/5/2005 (Agência Brasil - ABr) - A construção das plataformas P-50 e P-54, da Petrobras, está paralisada por causa da greve dos metalúrgicos, segundo informação do diretor financeiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, Edson Carlos Rocha da Silva. Em assembléia realizada nesta quarta-feira (18), os trabalhadores resolveram manter a paralisação iniciada ontem.

O diretor informou que os metalúrgicos em greve permitiram a entrada de dois operadores, a fim de realizarem a transferência de energia, que era de gerador próprio da plataforma, para a do estaleiro Mauá-Jurong, onde a P-50 está sendo construída.

Segundo o sindicalista, se acabasse o combustível do gerador, e não houvesse pessoal para fazer essa operação, poderia ocorrer um apagão, comprometendo o sistema de energia do local onde está a plataforma e causando riscos também à navegação, além dos transtornos para voltar a funcionar. Na P-54, acrescentou, o trabalho está na fase de montagem dos módulos e a paralisação poderá causar atrasos.

Os cerca de 3 mil metalúrgicos que participaram da assembléia pedem reajuste de 13%, mas os donos dos estaleiros concordaram com 8% nas grandes empresas e 6,61% nas menores.

Os trabalhadores também reivindicam plano de saúde nas empresas terceirizadas. "A empresa principal oferece plano de saúde e cesta básica, o que não ocorre nas terceirizadas. E cada vez mais os donos dos estaleiros estão substituindo os trabalhadores pelos das terceirizadas, e exigimos os mesmos direitos da empresa principal", explicou o sindicalista.