Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio - A Procuradoria Geral do estado do Rio de Janeiro informou que vai recorrer da decisão da juíza Denise Apolinária de tornar inelegíveis a governadora Rosinha Matheus e o secretário estadual de governo, Anthony Garotinho. A ação será impetrada no início da próxima semana no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Com a decisão, o casal teve os direitos políticos cassados por três anos.
O casal Garotinho é acusado de ter utilizado a máquina pública para favorecer o candidato de seu partido, o PMDB, nas eleições municipais da cidade de Campos, no norte fluminense. Dias antes do segundo turno, fiscais do TRE apreenderam quase 400 kits escolares (com mochilas, lápis e cadernos), que estavam sendo distribuídos para a população.
Também foram constatadas irregularidades no recadastramento do programa Cheque-Cidadão, que começou a ser realizado duas semanas antes das eleições. Segundo os fiscais do Tribunal Eleitoral, os interessados em receber o benefício tinha que levar uma cópia do título de eleitor.
Para a Procuradoria Geral do Estado, as ações do governo estadual eram administrativas e tinham amparo legal na Constituição Estadual do Rio, e não são um crime eleitoral, como argumenta o Ministério Público Estadual. Segundo o procurador-geral, Francesco Conte, os projetos sociais do governo foram iniciados muito antes do processo eleitoral e são desenvolvidos nos 92 municípios fluminenses.