Críticas de deputados sobre regalias provocam reação no Senado

04/03/2005 - 11h53

Ellis Regina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Com a decisão do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), de encerrar as negociações em torno do reajuste dos subsídios dos congressistas, os deputados passaram a reivindicar a equiparação de benefícios entre deputados e senadores. Os senadores reagiram às críticas de deputados de que é preciso diminuir as "regalias" na Casa.

De acordo com o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), a questão não passa de "querela miúda" (discussão sem importância). "Acho que isso é uma querela miúda, uma querela pequena e não devia ser levado adiante, porque eles têm algumas coisas que nós não temos, e nós temos algumas coisas que eles não têm", disse.

O líder tucano Arthur Virgílio (AM) discorda de que os benefícios dos senadores sejam tão maiores assim. Ele disse que está disposto a abrir mão do carro oficial, se for o caso. "É preciso dar exemplos. Não que isso vá pesar muito nas contas brasileiras, mas você vive de exemplos, de gestos, de posições. Se tiver de tirar os carros, eu sou a favor de tirar os nossos. O que não tem cabimento é nós estendermos (os benefícios de senadores) para 513 deputados", afirmou.

Entre as diferenças de benefícios de deputados e senadores, estão o direito a carro oficial com motorista, conta de celular sem limite de gastos, maiores recursos para contratação de assessores, além dos gabinetes, que no Senado, são fisicamente maiores que o da Câmara.