Projeto identificará em Recife crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual

14/02/2005 - 9h07

Márcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil

Recife - O secretário nacional de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, Ricardo Henriques, lança nesta segunda-feira, no gabinete do prefeito do Recife, João Paulo, o projeto piloto "Escola que Protege" do Ministério da Educação.

A idéia da iniciativa é identificar crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual e disponibilizar assistência social e psicológica. A capital pernambucana foi escolhida para a implementação da experiência pioneira em função do alto índice de exploração de crianças e adolescentes, provocado pelo turismo sexual.

Cerca de 200 professores da rede pública vão ser capacitados durante seis meses para identificar o problema, encaminhar os casos e atuar de forma preventiva. O projeto, que será estendido a outros municípios brasileiros, prevê a instalação de centros de acolhimento de estudantes em situação de risco. Nesses locais, as vítimas de agressão física, sexual e psicológica terão atendimento especializado.

As ações serão desencadeadas a partir da observação de alunos com comportamento diferente. A idéia é fazer um trabalho conjunto com a comunidade e os familiares das crianças e adolescentes em situação de risco. As próximas capitais a serem beneficiadas com a iniciativa são Belém e Fortaleza.