IML confirma assassinato de missionária por seis tiros de armas diferentes

14/02/2005 - 12h29

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O laudo do Instituto Médico Legal (IML), divulgado neste domingo (13), sobre o assassinato da missionária americana Dorothy Stang confirma que o crime foi praticado "com extrema covardia e crueldade". A afirmação é do ministro Nilmário Miranda, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

"Ela foi atingida à queima roupa, praticamente, com um tiro na cabeça, de uma arma de calibre 45. Esse tiro seria suficiente para matá-la, mas depois ela levou mais quatro tiros nas costas, já caída, e um último tiro no abdômen", relatou o ministro, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Nilmário Miranda, o laudo mostra que os tiros foram disparados de duas armas distintas. "Ela foi morta com seis tiros à queima roupa, de duas armas diferentes", informou. O crime ocorreu na manhã de sábado (12), quando Dorothy se dirigia a um encontro em que iria organizar um mutirão para construir um salão comunitário no assentamento Esperança, situado a 45 km de Anapu, onde ela residia há 27 anos.

O ministro elogiou a forma como as investigações vêm sendo conduzidas pelas polícias Federal e Civil do Pará. "Pelo andamento, está sendo até rápido. Esse crime tem muitas informações, muitos antecedentes, muitas testemunhas, e agora, tem o laudo do IML. Há elementos suficientes para impedir a impunidade", destacou.