Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O assassinato da freira Dorothy Stang (norte-americana naturalizada brasileira) pode ser o primeiro crime contra os direitos humanos a ser federalizado no Brasil. É o que vem defendendo o procurador-geral da República, Cláudio Fontelles, que esteve hoje no Pará acompanhando a coleta de dados sobre o crime para subsidiar um possível pedido para federalizar as investigações.
A informação é da assessoria da Procuradoria da República do Pará. A freira foi assasssinada no último sábado, com seis tiros, no município paraense de Anapu, onde trabalhava em defesa dos direitos humanos e do meio ambiente. Na Reforma do Judiciário, promulgada em dezembro de 2004, está prevista a federalização de crimes contra os direitos humanos e cabe ao procurador-geral solicitar no Supremo Tribunal de Justiça o deslocamento do inquérito ou processo para a Justiça Federal.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que já está sendo realizado um trabalho conjunto entre governos federal e estadual. "É um crime contra os direitos humanos e as autoridades competentes saberão dar a destinação. Tudo aquilo que venha a contribuir para pôr um basta naqueles que atacam os defensores dos direitos humanos, como a irmã Dorothy, é uma contribuição do estado de direito", afirmou.