Presidente Lula estimula integração do Suriname e Guiana ao bloco continental

08/02/2005 - 11h07

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Na viagem que fará, a partir do próximo dia 13, à Venezuela, Suriname e Guiana, o presidente Lula leva na bagagem a incumbência de estimular os governos de Paramaribo e de Georgetown a integrarem o acordo de livre comércio que reúne os países do Mercosul e da Comunidade Andina.

O acordo entrou em vigor no último dia 1°, quando o Diário Oficial da União (DOU) publicou decreto do presidente Lula ratificando o protocolo de intenções de criação do acordo, assinado pelos chanceleres dos países envolvidos, em outubro último, em Montevidéu. Na ocasião, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reafirmou a prioridade do governo brasileiro pela integração continental.

Com a consolidação do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) e seus países-partes Chile e Bolívia, a integração econômica, física e sócio-cultural da América do Sul ganhou impulso significativo com a parceria também do Peru, Equador, Colômbia e Venezuela. Se depender do governo brasileiro, essa integração terá, em breve, a participação do Suriname e da Guiana, no bojo de um acordo de livre comércio envolvendo Mercosul, Comunidade Andina e Caribe.

Elaborado pela Associação Latino-Americana de Desenvolvimento e Integração (Aladi), o acordo de livre comércio constitui mecanismo privilegiado para o comércio regional e tem impacto imediato na aproximação entre os povos sul-americanos, na competitividade empresarial e na facilidade de acesso aos consumidores sobre os diferentes produtos de origem regional.

O acordo de livre comércio prevê, em primeiro plano, o aprofundamento da integração econômica, social e institucional, com investimentos comuns em infra-estrutura física, energética e de comunicações. Também serão necessárias aplicações de estímulo à cooperação tecnológica, científica e cultural, além do desenvolvimento rural e alimentar, com as correções dos desequilíbrios regionais.