Iolando Lourenço
Repórter da
Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os presidentes do PPS, deputado Roberto Freire (PE), e do PDT, Carlos Lupi, garantiram hoje, em entrevista coletiva, que o presente e o futuro das duas siglas passam pela consolidação da aliança que vem se fortalecendo desde o segundo turno das eleições municipais.

Segundo Lupi, essa aliança foi aprovada na reunião do Diretório Nacional do PPS , no último dia 3. Ele informou ainda que o passo seguinte será a realização de fóruns regionais em todos os estados no ano que vem, para ver o que há de comum no programa dos dois partidos.

Freire disse que a intenção deles é construir uma via alternativa que fuja da falsa polarização entre PT e PSDB para as eleições de 2006. "Precisamos construir um projeto alternativo, que fuja da pobreza do debate em torno do crescimento do PIB, enquanto se concentra cada vez mais a renda nacional", afirmou. Roberto Freire informou que em março do ano que vem, as duas siglas vai fazer um grande encontro nacional de todos os setores de esquerda que estejam insatisfeitos com o governo.

O presidente do PPS garantiu que nem o seu partido nem o PDT vai aliar-se a bloco de oposição ao governo: "Não saímos da base para nos aliarmos à oposição. Vamos ser independentes. É outro pólo. Se queremos ser alternativa, não podemos sair de um pólo para outro". Freire disse que mesmo com o partido afastado da base da base do governo, os parlamentares do PPS vão continuar votando as matérias de interesse do país no Congresso Nacional.

Os dois presidentes dos partidos não falaram em fusão das siglas, mas na formação de uma aliança para discutir um projeto para o Brasil. Segundo eles, nessa aliança cabe outros partidos de esquerda que estejam insatisfeitos e querem trabalhar por um programa e um projeto para o Brasil.