Aline Bastos
Repórter da TV Nacional
Belo Horizonte - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje, na abertura do I Fórum Empresarial do Mercosul, que as dificuldades do Mercado Comum do Sul são reais porque fazem parte de relações intensas. "Costumo dizer que, possivelmente, entre pequenos países, ou até grandes países, mas que estão distantes ou de costas uns para os outros, você não tem dificuldades, você tem apenas indiferença recíproca. No Mercosul, não. Nós temos uma relação intensa".
Segundo o chanceler brasileiro, é natural que o comércio na região reflita as dificuldades de países que passaram por crises. "É natural que dentro desse processo, em termos de países que passaram por crises, muitas vezes de raízes externas, outras vezes também devido a políticas internas que recebiam o apoio, o endosso das instituições financeiras internacionais, é natural que, como os países passaram por essas crises, o comércio entre eles reflita, de alguma maneira, também essas dificuldades", afirmou o ministro.
Para ele, as dificuldades enfrentadas pelos países que integram o Mercosul se inserem em um contexto de progresso. "Quando olhamos para o comércio entre os nossos países, e não só os números globais, mas também para a qualidade desse comércio, a presença da indústria no caso das nossas exportações para o Mercosul é de mais de 90%, é de 92%. Acho que tudo isso tem que ser levado em conta", ressaltou.