Liésio Pereira, Pedro Malavolta e Fabiana Uchinaka
Repórteres da Agência Brasil
São Paulo – Presidente da Comissão de Energia e Meio Ambiente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o engenheiro Henry Joseph Jr. afirma que não será necessária nenhuma adaptação nos motores com a adição de biodiesel no óleo diesel comercializado no país.
"Pelo contrário, o biodiesel é um óleo vegetal que tem características muito próximas do óleo diesel comum. Esta é exatamente a vantagem dele: você pode usar esse combustível misturado ao óleo diesel comum e nos mesmos veículos que já existem. Não há nenhum interesse ou necessidade de fazer alteração nos veículos", explica.
Segundo Joseph Jr., o custo do produto que será comercializado causa certa apreensão pela falta de uma estimativa clara. "Não se está esperando nenhuma desvantagem maior para a utilização do biodiesel. Há uma certa preocupação quanto ao preço final do produto, porque ainda não se tem uma visão clara de quanto poderá custar. Se ele vai ser mais barato, igual ou mais caro que o óleo diesel ainda é uma questão que está sendo avaliada, mas em princípio não se verifica nenhuma grande desvantagem", diz.
É preciso, na avaliação do engenheiro, estar atento à qualidade do produto final que será oferecido. "Desde que o produto final tenha qualidade daquilo que está se prevendo como especificação e aquilo que conhecemos do mercado internacional, não há expectativa que ele possa criar algum problema. Por outro lado, o biodiesel de má qualidade – ou se tivermos alguma surpresa com algum problema que possa ocorrer – poderia, eventualmente e com uso intensivo, criar algum desgaste. O fato de começar a adição com 2% é justamente para verificar que não crie nenhum problema", observou.