Nelson Motta
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, pediu hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que adie por um ano o pagamento dos R$ 7 bilhões da dívida que a capital paulista tem para acertar até o mês de maio com a União. "Seria injusto para o prefeito eleito ter que dar uma resposta a isso depois de poucos meses no governo. Então eu pedi ao presidente para postergar em um ano o pagamento desses R$ 7 bilhões", disse Marta Suplicy.
Segundo a prefeita de São Paulo, o presidente achou a proposta interessante e prometeu estudá-la. "Obviamente ele vai discuti-la com o prefeito eleito, José Serra, para depois encaminhar ao Senado", disse Marta Suplicy.
A prefeita disse que a decisão de ir ao Palácio do Planalto conversar sobre a dívida da cidade de São Paulo com a União é uma contribuição que pode dar antes de sair do cargo. "Eu, como prefeita que saio do cargo, acho que é a contribuição que eu posso dar para minha cidade e para o prefeito que foi escolhido pela cidade de São Paulo".
Marta Suplicy disse que aproveitou a audiência com o presidente Lula para pedir a garantia de alguns convênios para a cidade de São Paulo. De acordo com a prefeita, o governo da cidade muda mas esses convênios são extremamente importantes para a capital paulista. Os convênios são o da complementação da rodovia Jacú/Pêssego, a obra de drenagem da Radial Leste, a alça do viaduto Fernão Dias, a garantia dos recursos para o término do hospital Tiradentes, na zona leste, e também para as obras do hospital M' Boi Mirin.
Quanto ao futuro político, a prefeita Marta Suplicy disse que ainda faltam dois meses de mandato. "Quatro anos como prefeita de São Paulo sem férias e fazer ao mesmo tempo uma campanha política, a gente precisa de um respiro. Vou trabalhar, acabar o mandato, fazer uma transição de maneira organizada, entregar a cidade em ordem e depois eu vou tirar umas férias numa praia, tomar um sol e umas caipirinhas", disse Marta Suplicy.