Paula Medeiros
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que a reforma agrária é uma questão de justiça social. Segundo Lula, as regiões em que existem maior igualdade social são aquelas onde há pequenas propriedades rurais. O presidente ressaltou que não se pode apenas pensar no número de agricultores assentados. Para ele, é preciso promover assentamentos de qualidade. "Eu penso que um assentamento precisa ter casa, as pessoas precisam estudar, é preciso levar lazer às pessoas", afirmou.

Lula defendeu ainda que os agricultores assentados tenham acesso à tecnologia para que eles possam produzir com competitividade. "Precisamos levar tecnologia aos assentamentos. Nós não podemos ficar com os assentamentos como se eles fossem a parte feia da vida", disse.

Segundo o presidente, os movimentos sociais que representam os agricultores concordam com o plano de reforma agrária proposto pelo governo. "De vez em quando nós temos radicalismo, mas isso é normal. Na hora em que vejo um segmento da sociedade brasileira mais nervoso, tenho que fazer o meu papel de acalmar. Mas eu acho que o Movimento dos Sem Terra percebe claramente que a chance que eles têm de ter uma boa política de reforma agrária é agora", ressaltou.

O presidente lembrou que o governo ofereceu para a safra 2004-2005 o maior financiamento da história do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf): R$ 7 bilhões. Além disso, o presidente citou o Seguro Agrícola, que em caso de perda da safra oferece cobertura do total financiado pelo agricultor, além de 65% da renda estimada com a produção.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concede, neste momento, entrevista coletiva a 13 emissoras de rádio de vários estados do Brasil.