Keite Camacho
Repórter da Agência Brasil
Brasília - País de língua portuguesa, com a maior parcela da sua população concentrada na zona rural e pouco desenvolvido. Esse foi o critério para escolher a Guiné-Bissau, localizada no noroeste do continente africano, como o primeiro país a receber investimento do fundo IBAS (Índia, Brasil e África do Sul), criado pelos três países em junho de 2003. Segundo Maria Nazaré Farani Azevedo, assessora do ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, o projeto deve ser anunciado entre hoje e amanhã, em Nova York, nos Estados Unidos.
Pela manhã, ministros dos três países que integram o IBAS se reuniram para discutir o investimento. Segundo Nazaré, aproximadamente US$ 450 mil – dos US$ 1,6 milhão do fundo – serão aplicados no projeto da Guiné-Bissau. O objetivo, segundo ela, é capacitar o país na área de agricultura. A assessora conta que a sugestão de investir nessa área foi do Brasil e os demais países a acolheram.
"Se conseguirmos desenvolver bem, pode ser um bom exemplo e uma forma de atrair novos colaboradores. Não precisam se juntar ao fundo, basta investir", considerou Nazaré.
Atualmente, empresas privadas e os governos dos três países contribuem com valores para o fundo, que faz parte do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A idéia é empregar os recursos em projetos considerados bem-sucedidos nos três países, nas áreas de saúde, educação, saneamento e segurança alimentar. Os investimentos em Guiné-Bissau foram aprovados no dia 13 de julho, durante a primeira reunião do fundo IBAS.