Leonardo Stavale e Fabiana Uchinaka
Repórteres da Agência Brasil
São Paulo - Segundo pesquisa divulgada pela empresa Nielsen NetRatings, dados referentes a junho indicam que, no primeiro semestre deste ano, as vendas do comércio eletrônico varejista no país (compra do usuário diretamente para a loja) foram de R$ 745 milhões, segundo levantamento realizado pela empresa E-Bit. No mesmo período de 2003, o faturamento fora de R$ 495 milhões, em 2002 de R$ 336 milhões e de R$ 197 milhões em 2001. O faturamento varejista semestral cresceu 378% em 4 anos. O total do ano passado foi de R$ 1,18 bilhão.
Segundo o diretor-executivo da Câmera Brasileira de Comércio Eletrônico, Cid Torquato, "é na economia digital que o país presencia o verdadeiro espetáculo do crescimento. O comércio eletrônico vem crescendo a níveis estratosféricos. No primeiro semestre de 2004 o varejo on-line cresceu 51% com relação ao primeiro semestre de 2003".
Os principais produtos vendidos no varejo on-line no Brasil são culturais. No primeiro trimestre de 2004, CDs e DVDs lideraram as vendas, com 26% do total vendido. Torquato considera que, apesar de bens de valores elevados como automóveis e imóveis não figurarem entre os mais comprados por meio do comércio eletrônico, a Internet funciona como uma ferramenta de apoio à compra. "Mesmo que a pessoa opte por não comprar on-line, a internet tem uma importância tremenda no processo de formação da decisão de compra".
Na avaliação dele, os atrativos do comércio eletrônico são: melhores preços, melhores condições de pagamento, possibilidade de comprar quando desejar, maior quantidade de informação sobre o produto específico e sua linha, comparação de preços e a comodidade de receber o produto em casa. Torquato acredita que os números da evolução dessa modalidade de comércio comprovam que não existe medo dos consumidores em realizá-lo.
Os números e percentagens de crescimento de vendas do faturamento total do comércio eletrônico no país incluem tanto a venda direta de produtos das lojas para os internautas, quanto as compras e vendas das empresas entre si, setor chamado de B2B (sigla para Business to Business). O total vendido passou de R$ 4,2 bilhões em 2002, para R$ 5,2 bilhões no ano passado (crescimento de 23,7%). Em 2003, o setor de automóveis faturou R$ 3,2 bilhões, bens de consumo R$ 1, 5 bilhão e turismo R$ 454 milhões. O faturamento total em 2003 destes setores foi de R$ 5,2 bilhões. Esses dados são de apuração conjunta dos sites www.e-consulting e www.camara-e.net .
