Nasi Brum
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O setor da construção civil é um dos mais sensíveis da economia, e um dos primeiros a demitir empregados quando há crise econômica. A informação é da pesquisadora Ana Georgina, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio-Econômico (Dieese), que estuda os efeitos da economia junto à Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI).
A pesquisa divulgada pelo IBGE, que revela queda nos investimentos públicos em grandes obras entre os anos de 1996 e 2002, para a pesquisadora, revela o quadro de recessão por que passava o país. "Em 2001 tivemos a crise de energia elétrica que impediu a expansão de muitas empresas da área, e em 2002 as altas taxas de juros também inibiram fortemente o setor de obras", afirmou.
Ana Georgina explicou que no período de 1996 a 2002, os trabalhadores da construção civil foram sigficativamente afetados, com o desemprego e queda no nível de renda. Mas diante das atuais indicações de crescimento econômico, as expectativas são positivas. "Os trabalhadores do setor estão mais esperançosos; já se percebe uma melhora no segmento de construção de imóveis", acrescentou a pesquisadora.
Para ela, o mercado também deve receber outro impulso com o projeto do governo das Parcerias Público-Privadas (PPPs), que tramita no Congresso. Ela esclareceu entretanto que a perspectiva de crescimento da economia não se reflete imediatamente no aumento de empregos.