Rio, 27/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - As grandes empresas do setor da construção pesada (aquelas com 500 ou mais empregados) perderam participação, entre 1996 e 2002, tanto no valor das construções (de 67,6% para 49,4%) quanto no número de empresas (de 11,1% para 7,4%). Embora continuem sendo as maiores empregadoras e apresentem faturamento por empregado acima das demais classes, essas empresas reduziram sua parcela no emprego setorial, de 60% para 47,7%. As informações constam da Pesquisa Anual da Indústria da Construção/2002, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo aponta que as grandes empresas diminuíram sua participação também no valor das construções executadas por entidades públicas, de 67,5% em 1996 para 49% em 2002, do total do segmento. As empresas de pequeno e médio portes aumentaram sua participação tanto no número quanto no emprego e no valor das construções. A explicação, segundo o IBGE, é o aumento da contratação de obras por parte dos governos estaduais e, principalmente, municipais. Nas empresas de 100 a 249 empregados, o valor das construções executadas passou de 13% em 1996 para 20,2% em 2002, e o número de empresas aumentou de 28,8% para 31,8%.