Educação: ministro e entidades do setor discutem orçamento de 2005

21/07/2004 - 20h20

Marina Domingos
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Um possível aumento dos recursos da educação no orçamento de 2005 foi discutido nesta quarta-feira, dia 21, pelo ministro da Educação, Tarso Genro, e representantes do setor. Participaram da reunião a presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ana Lúcia Gazolla, o presidente da União Nacional dos Estudantes (Une), Gustavo Petta, o presidente do Conselho Nacional de Educação, professor Roberto Frota Bezerra, e o presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, deputado Carlos Abicalil (PT-MT).

O grupo veio cobrar do ministro posições mais claras sobre as verbas para o Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb), que irá substituir o Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef), e o financiamento da educação superior. A partir das mudanças propostas pela reforma universitária, as instituições precisarão de recursos para investir em expansão e qualidade. "Foi uma reunião de natureza política, não técnica. Nós estamos cansados de trabalhar o orçamento com pires na mão", revelou Ana Lúcia.

De acordo com a reitora, 54 universidades dividiram pouco mais de R$ 700 milhões em 2004. Para o próximo ano, serão necessários R$ 980 milhões para pagar as contas das universidades. O governo federal tem até o dia 31 de agosto para enviar ao Congresso Nacional as diretrizes orçamentárias do ano que vem. "O segundo semestre de 2004 é crucial e estratégico para marcar uma mudança na forma de tratar a educação brasileira, para que possa ter uma expressão orçamentária adequada", explicou a presidente da Andifes.

O ministro Tarso Genro disse que o governo pretende aumentar os gastos com educação, mas ressaltou que os investimentos serão feitos de acordo com a realidade orçamentária do país. "O retorno será satisfatório, bom ou ótimo. Há uma decisão política do presidente de que vai haver uma melhora no financiamento da educação", garantiu ele.