Brasil defende ajustes nos termos em negociação na OMC

21/07/2004 - 20h02

Brasília, 21/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - Ao analisar a proposta de acordo apresentada pela Organização Mundial do Comércio (OMC) no pacote sobre agricultura e produtos agrícolas, "os chefes de delegações do Brasil e do G-20 (grupo de países em desenvolvimento), reunidos em Genebra, na Suíça, entenderam que o documento oferece base para negociar, mas que é preciso fazer algumas mudanças e ajustes para se chegar a um texto que atenda as expectativas dos representantes do G-20". As informações são da Assessoria de Imprensa do Itamaraty.

Para o presidente da Comissão Nacional de Comércio Exterior, da Confederação da Agricultura e Pecuária, Gilman Viana Rodrigues, o documento "tem um progresso em relação ao cenário que foi criado no ambiente pós-Cancum". A última reunião da OMC para tratar do acordo com o G-20 foi realizada no ano passado em Cancum, no México. Segundo ele, é preciso negociar mais para melhorar os termos do acordo com a OMC.

Para Gilman Rodrigues, o documento apresentado pela OMC tem pontos que precisam ser rediscutidos, "porque na textura em que estão colocados não dá para negociar". Segundo ele, os pontos que precisam ser rediscutidos são os que tratam dos produtos sensíveis, onde o texto diz que devem ser examinados em fase posterior da negociação; o que não estabelece o teto tarifário para o agronegócio, e o que prevê a retomada da caixa azul (subsídio interno americano).