Psicólogos querem participar da criação de políticas públicas como inclusão social

17/06/2004 - 18h45

Paula Menna Barreto
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Psicólogos de todo o Brasil discutem, nos próximos quatro dias, em Brasília, como a psicologia pode ajudar na transformação da sociedade brasileira. Ao todo, são aproximadamente 200 mil psicólogos de todos os estados, que debatem as urgências brasileiras e as necessidades sociais. A idéia é que a psicologia participe da construção de políticas públicas como inclusão social e direitos humanos.

O Congresso Nacional de Psicologia é considerado o evento mais importante para os profissionais da área, de acordo com o Conselho Federal (CFP). Realizado a cada três anos, o encontro discute em 2004 o compromisso social do psicólogo. "A meta, o desafio é construir ações que possam significar a participação da Psicologia na transformação da sociedade", diz Ricardo Moretzsohn, presidente do CFP.

Na abertura do evento, o secretário nacional de Direitos Humanos, ministro Nilmário Miranda, defendeu a reinserção social de jovens infratores. "É preciso um olhar especial, dar possibilidade de ressocializar esses meninos e meninas", pediu. Ele acredita que os adolescentes precisam participar de ações sócio-educativas como forma de reabilitação. Criança e adolescente é um dos temas do congresso.

A psicologia brasileira quer ter participação mais efetiva na sociedade e não somente nos consultórios. "Somos contra o rebaixamento da idade penal. Queremos priorizar políticas públicas na área da infância e adolescência. Assim, fortaleceremos nosso vínculo com as questões sociais", afirmou Moretzsohn.

O congresso vai até o dia 20 de junho e discutirá ainda temas como saúde mental, comunicação e mídia, assitência social, trânsito, sistema prisional e o exercício da profissão do psicólogo.